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Ibovespa recua com realização de lucros em pregão sem NY

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SÃO PAULO (Reuters) – O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quinta-feira, reflexo de movimentos de realização de lucros após três altas seguidas do Ibovespa, em sessão que deve ter liquidez reduzida em razão de feriado nos Estados Unidos.

Às 11:10, o Ibovespa caía 0,55%, a 109.530,33 pontos. O volume financeiro era 4,4 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa fechou em alta renovando máximas desde fevereiro, antes do agravamento da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19 e da decretação de quarentenas no país.

A ausência do referencial de Wall Street, uma vez que o feriado do Dia de Ação de Graças fechou os pregões em Nova York, abria espaço para ajustes. O Ibovespa acumula alta de 16,6% no mês, em boa parte ajudada pelos estrangeiros.

Em novembro, até o dia 24, o saldo de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro está positivo em 29,5 bilhões de reais, de acordo com dados da B3.

Além disso, agentes financeiros têm atribuído a recuperação do Ibovespa no mês a uma rotação nos portfólios para ações de ‘valor’ e ‘cíclicas’, em detrimento dos papéis de ‘crescimento’.

De acordo com análise técnica do Safra, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo e segue em direção ao objetivo em 116.500 pontos.

DESTAQUES

– PETROBRAS (PETR4) e PETROBRAS (PETR3) recuavam 2,2% cada após divulgação de plano estratégico para 2021-2025, que reduz o investimento de cinco anos em 27%, a 55 bilhões de dólares, para preservar o caixa. O Bradesco BBI avaliou que o plano foi um pouco decepcionante em termos de produção e também em termos de meta de alavancagem.

– BRASKEM PNA perdia 1,4%, após estimar em 3 bilhões de reais custos e despesas adicionais para a implementação de medidas definidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) para encerramento das atividades de extração de sal em Maceió (AL). O montante é adicional aos valores já provisionados, que, segundo o resultado do terceiro trimestre da companhia, alcançava 3,56 bilhões de reais.

Veja também:  Ações que dispararam nesta quarta: confira as maiores altas do Ibovespa

– CVC BRASIL ON caía 2,2%, reflexo de realização de lucros, conforme a alta em novembro alcançou 46,2% até a véspera, em meio a noticiário mais favorável sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus.

– SUZANO ON e KLABIN UNIT avançavam 4,2% e 2,%, respectivamente, com a alta do dólar ante o real na sessão apoiando uma recuperação dos papéis, que, no mês, apresentam desempenho pior do que o Ibovespa. SUZANO registra alta de 5,2% e Klabin sobe 0,7% em novembro.

– MARFRIG ON valorizava-se 2,6%, entre os destaques positivos. O Credit Suisse avalia que o setor de proteínas deve continuar mostrando sinais bastante positivos e que Marfrig segue sendo a principal empresa a aproveitar esse movimento. O banco vê a empresa em um momento sólido nos EUA e com performance pior do que o Ibovespa “injustificada”. Em novembro, a ação contabiliza uma elevação de cerca de 10%.

– VALE ON subia 0,8%, com o setor de mineração e siderurgia mantendo a trajetória positiva, com destaque para USIMINAS PNA, em alta de 2,4%, dado o prognóstico de novos aumentos de preços e de volumes. CSN ON avançava 0,65% e GERDAU PN ganhava 0,2%.

– ITAÚ UNIBANCO PN perdia 2,2%, com agentes financeiros embolsando ganhos recentes, o que também pesava em BRADESCO PN, que recuava 1,8%.

– OI (OIBR3), que não está no Ibovespa, subia 3%, após o plenário do Senado aprovar proposta de modernização da Lei de Falências e recuperação judicial. O BTG Pactual afirmou que a Oi se beneficia bastante da nova legislação, uma vez que ela deve para a Anatel 13,9 bilhões de reais. Eles estimam que esse débito cairá para apenas 1,3 bilhão de reais, o que adiciona 0,4 real ao preço-alvo da casa para a ação, de 2,8 reais.

*Por Paula Arend Laier

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