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Dinheiro

Depois dos Descontos Ilegais, Golpe do Consignado Atinge Aposentados

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Imagem: Joel santana Joelfotos / Pixabay

Parece que os bandidos não estão dando sossego aos idosos que passaram a vida inteira ralando para, enfim, curtir uma aposentadoria com um mínimo de dignidade. O que era para ser um descanso tranquilo virou um pesadelo para muitos. Além da vergonha dos descontos ilegais, que ainda estão sendo investigados, agora o alvo é a fraude nos empréstimos consignados. É um golpe atrás do outro, e quem paga o preço são os mais vulneráveis.

O alerta da CGU e a “farra do INSS”

Em 2024, a Controladoria-Geral da União (CGU) jogou luz sobre o problema: o INSS foi avisado sobre falhas graves e fraudes no sistema de empréstimos consignados. Entre as irregularidades, o aumento de reclamações por descontos não autorizados chamou a atenção. Segundo a CGU, 26,8% das queixas finalizadas apontavam averbações que os aposentados jamais solicitaram.

E tem mais. Segundo a GloboNews, um ex-procurador do INSS, que, segundo a Polícia Federal, acumulou quase R$ 18 milhões naquilo que foi chamado de “farra do INSS”, tentou de tudo para evitar o bloqueio da concessão de consignados. Ele chegou a recorrer ao Tribunal de Contas da União (TCU) em 2024, mas as suspeitas de irregularidades já estavam escancaradas. É o tipo de coisa que deixa qualquer um de cabelo em pé.

Golpes que atravessam governos

O mais revoltante é que essas fraudes não são de hoje. Elas começaram a ganhar força em 2019 e atravessaram todo o governo Jair Bolsonaro. Agora, no governo Lula, o problema não só continuou como, pasmem, cresceu durante a gestão de Carlos Lupi no Ministério da Previdência.

Os relatos são de cortar o coração. Tem aposentado lutando na Justiça para recuperar o que foi descontado sem autorização. Muitos descobrem, do nada, que “contrataram” empréstimos de milhares de reais. E como provar que nunca assinaram nada? É uma batalha desigual, em que o idoso, já cansado, precisa enfrentar burocracias e tribunais.

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Como os golpistas agem

Os esquemas são ardilosos. Geralmente, os criminosos usam dados pessoais vazados para forjar contratos de empréstimo. Às vezes, abordam os idosos por telefone, fingindo ser de bancos ou do próprio INSS. Com promessas de dinheiro fácil ou até ameaças, conseguem enganar. O resultado? Parcelas altíssimas descontadas direto do benefício, deixando muitas famílias no sufoco.

Um exemplo prático: imagine uma senhora de 70 anos, que recebe um salário mínimo de aposentadoria. De repente, ela vê R$ 300 a menos no pagamento. Quando vai checar, descobre que “assinou” um empréstimo de R$ 10 mil. E o pior: o dinheiro nunca caiu na conta dela. Casos assim estão pipocando pelo Brasil.

O que fazer para se proteger?

Enquanto as autoridades não resolvem e prendem os bandidos, os idosos e suas famílias precisam ficar de olhos bem abertos. Algumas dicas práticas:

  • Conferir o extrato do INSS regularmente: Qualquer desconto estranho deve ser investigado.
  • Não passar dados pessoais por telefone: Bancos e o INSS nunca pedem informações como senha ou número de documentos por ligação.
  • Denunciar rápido: Se houver suspeita de fraude, procure o INSS, a ouvidoria ou até a polícia. Quanto antes agir, melhor.
  • Buscar ajuda jurídica: Muitos advogados estão ajudando aposentados a recuperar o dinheiro perdido.
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