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As ações mais recomendadas de novembro

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As ações mais recomendadas de novembro
BM&FBovespa exibido em telões dentro da bolsa de São Paulo. REUTERS/Nacho Doce

As varejistas continuam a ter um peso grande quanto as demais empresas do setor financeiro na lista de ações mais recomendadas pelas corretoras no mês de novembro.

Um impulso na demanda por risco no exterior, onde predomina a elevada liquidez e o melhor sentimento quanto aos emergentes, foi o bastante para alçar o Ibovespa ao inédito nível dos 109 mil pontos.

Somado a isso está ainda o cenário doméstico, que continua oferecendo suporte ao interesse dos investidores institucionais e pessoas.

AS AÇÕES MAIS RECOMENDADAS DE NOVEMBRO

Vale (VALE3)

Segunda empresa no ranking de novembro, recomendada por cinco corretoras, a Vale é sugerida por analistas por causa da recente valorização de minério no mercado internacional e da maior demanda da China por minério de maior qualidade.

Além disso, melhorias operacionais decorrentes da alta do preço do minério e do dólar devem compensar os efeitos negativos do acidente de Brumadinho, destaca a Guide. A Vale fechou o 3º trimestre com lucro líquido de R$ 6,54 bilhões, alta de 14% na comparação ao mesmo período do ano passado.

“A Vale continua negociando com desconto relevante em relação às mineradoras australianas e em 2020 deverá voltar a pagar dividendos, devendo ser bem atraente”, diz a Mirae.

Bradesco (BBDC4)

Bradesco também teve um resultado no 3º trimestre que confirmou a expectativa de números sólidos. O banco teve lucro líquido de R$ 6,5 bilhões, uma alta de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Embora o resultado não tenha surpreendido, foi mais uma vez um sólido resultado e a expectativa é favorável para os próximos trimestres. O banco anunciou um novo PDV, que, aliado à expectativa de melhora da economia, deve ajudar a aumentar os resultados”, diz a Mirae.

A Socopa avalia que as ações do Bradesco estão baratas e que o banco está bem preparado para se beneficiar da recuperação econômica. “O capital é saudável, inadimplência e cobertura de juros estão em níveis adequados e o ROE (retorno sobre o patrimônio) do segmento de crédito é elevado”, afirma a Socopa em relatório.

B3 ON (B3SA3)

Outra ação do setor financeiro recomendada para investir é a B3. É o melhor papel para se beneficiar da expansão do mercado de capitais esperada para os próximos anos, segundo analistas, em maio à expectativa de um ciclo econômico de crescimento mais longo e a taxas de juros em patamares historicamente baixos.

“Os últimos resultados da empresa têm mostrado forte desempenho no mercado de ações e futuros. O cenário de queda de juros deve manter o investidor com apetite ao risco, beneficiando os resultados no negócio de ações e outros instrumentos de renda variável”, afirma o Bradesco em relatório.

Além de atrair os investidores, a queda na taxa básica de juros abre espaço para as companhias levantarem capital no mercado através de ofertas públicas, destaca a Elite. Em 2019 as ofertas de ações já estão em R$ 70 bilhões, batendo o recorde de 2007.

JBS ON (JBSS3)

JBS voltou para a lista de ações mais recomendadas porque é o frigorífico preferido dos analistas, que acreditam que a empresa está operando com solidez e com menores riscos de governança.

“Acreditamos no momento do setor de proteínas e confiamos na divulgação de mais um balanço com forte fluxo de caixa operacional”, diz a Ativa. A corretora espera que a empresa tenha ganhos de governança com a da BNDESPar, o que pode gerar ainda mais valor para os ativos.

A JBS vai divulgar o balanço com os resultados do 3º trimestre de 2019 no dia 13 de novembro. A Mirae também está confiante em relação ao balanço que está por vir. “Esperamos resultados sólidos, provenientes principalmente dos EUA e ainda fracos no Brasil, acarretando aumento de margem Ebitda e de lucro”, afirma a corretora.

Pão de Açúcar PN (PCAR4)

Entre as varejistas, uma das indicadas para novembro é o Pão de Açúcar. Os analistas esperam que a recuperação gradual da economia, o aumento da renda dos brasileiros e o cenário de inflação e juros baixos possam beneficiar o aumento da demanda por alimentos.

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“Com os indicadores de emprego, renda e confiança do consumidor mostrando melhora, avaliamos que os resultados do Pão de Açúcar no decorrer dos próximos exercícios devem continuar apresentando melhora significativa. Sinais de melhora do resultado do grupo ficaram mais claros no 3º trimestre de 2019”, diz a Socopa em relatório.

A corretora pondera que os principais riscos associados ao papel estão relacionados com a fraca dinâmica da economia doméstica, dado que o setor de atuação do grupo Pão de Açúcar é bastante sensível à variação da renda e preços, o que impacta as margens operacionais do grupo.

Banco do Brasil ON (BBAS3)

Outro representante do setor bancário que voltou ao ranking de ações recomendadas este mês é o Banco do BrasilÉ mais uma instituição financeira que deve se beneficiar do ciclo econômico mais positivo e, consequentemente, de níveis de inadimplência comportados e do crescimento das concessões de crédito.

“Os últimos resultados operacionais do banco ainda têm superado a expectativa do mercado, mostrando uma contínua recuperação da qualidade da carteira de crédito, além do eficiente controle das despesas administrativas e crescimento da receita de serviços”, afirma a Guide.

CPFL Energia ON (CPFE3)

No setor de energia, a CPFL é indicada porque está barata quando comparada às concorrentes Equatorial e Energisa, na visão de analistas.

“A CPFL está bem posicionada para crescer como uma consolidadora tanto em distribuição quanto em geração de energia, pois hoje entrega uma forte geração de caixa devido a boa localização do seu portfólio”, afirma a Socopa.

Os principais riscos para investir no papel, no entanto, estão relacionados a possibilidade de mudanças em questões regulatórias no setor de energia.

Via Varejo ON (VVAR3)

Via Varejo entrou na carteira recomendada de ações este mês porque é mais uma varejista que deve ser beneficiada com o aumento do consumo esperado com a retomada do ciclo de crescimento econômico. Além disso, para as varejistas, o cenário de juros mais baixos implica menores despesas financeiras com empréstimos e financiamentos.

No Caso da Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, a volta de Michael Klein para a presidência do conselho animou os analistas. “No curto prazo, vemos valor a ser destravado em meio a recente troca de controle da empresa. A nova estratégia contempla o foco inicial nas lojas físicas – que demandam uma necessidade de capital de giro menor para a operação – e a consolidação da atuação multicanal”, afirma a Guide.

BR Malls ON (BRML3)

BR Malls é outra representante do setor de varejo que entrou no ranking de ações recomendadas deste mês. Shoppings também possuem alta sensibilidade à retomada do consumo e à queda na taxa juros.

Na avaliação da Ativa, a BR Malls pode surfar tanto na onda do varejo quanto na onda do setor imobiliário. “Mesmo tendo metade da dívida atrelada à Selic, a alavancagem da empresa pode diminuir com essa queda na taxa de juros. Além disso, o consumo discricionário – eletrodomésticos, vestuário e alimentação – vai reagir mais ao custo do crédito menor”, diz Ilan Arbetman, analista da Ativa.

Fonte: Valor Econômico

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