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Ibovespa cai mais de 2% impactado por cenário externo

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Ibovespa cai mais de 2% impactado por cenário externo

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa teve queda superior a 2% nesta segunda-feira, em sessão negativa para os principais índices acionários nos Estados Unidos e para o minério de ferro na Ásia.

A mineradora Vale e empresas do setor financeiro foram as maiores influências negativas ao índice, enquanto a petrolífera PetroRio (PRIO3) ficou do lado oposto.

O Ibovespa caiu 2,07%, a 98.212,46 pontos, a maior queda desde 17 de junho. O volume financeiro foi de 16,4 bilhões de reais, contra uma média diária de 20,4 bilhões de reais até então em julho.

“É um movimento global de aversão ao risco”, disse Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa Investimentos. “Mas é mais do mesmo”, acrescentou, em referência às preocupações com uma potencial desaceleração do crescimento econômico global e “noticiário errático” sobre a Covid-19 na China.

Em Wall Street, o Nasdaq Composite cedeu 2,3% e o S&P 500 caiu 1,2%.

Investidores também aguardam por agenda econômica carregada nesta semana, que tem de dados de inflação nos EUA e números de atividade econômica na China a balanços corporativos de bancos norte-americanos, incluindo JPMorgan, Citigroup e Morgan Stanley.

No Brasil, investidores aguardam a votação da PEC dos Benefícios na Câmara dos Deputados, esperada para terça-feira.

De pano de fundo, o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, disse nesta segunda-feira que, com a defasagem da política monetária, a estratégia de manter o juro estável por mais tempo impactará mais as projeções de inflação de 2024 do que as de 2023. Ele ressaltou que a atuação do BC ainda está focada no ano que vem e deve incorporar 2024 em menor magnitude a partir de agosto.

A pesquisa Focus do BC, divulgada pela manhã, mostrou que a projeção da inflação para 2023 foi elevada em 0,08 ponto percentual.

Tensões ligadas à campanha eleitoral local também ficaram no radar.

Destaques

– VALE ON (VALE3) recuou 3,4%, diante de queda dos contratos futuros de minério de ferro na Ásia devido a crescentes temores de enfraquecimento da demanda pela matéria-prima na China, onde várias cidades estão aplicando novas restrições contra a Covid-19. Siderúrgicas também cederam.

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– PETROBRAS PN (PETR4) exibiu baixa de 0,5%, após ter caído até 1,9% no pior momento do pregão. O movimento da ação foi semelhante ao dos preços do petróleo, que recuaram pela manhã com notícia de que a China identificou o primeiro caso de uma subvariante altamente transmissível em Xangai, mas se recuperaram parcialmente à tarde, à medida que temores de menor demanda foram contrabalançados por preocupações com a oferta globalmente. No setor, PETRORIO ON (PRIO3) avançou 0,7% e 3R PETROLEUM ON (RRRP3) perdeu 1,6%.

– GOL (GOLL4) PN desabou 11,8%, a 7,48 reais, menor fechamento desde março de 2020. A companhia aérea divulgou mais cedo estimativa de prejuízo por ação no segundo trimestre de 1,80 real, excluindo resultados com variação cambial, e projeção de margem Ebitda de 10% no período. Analistas da Alkin Research observaram que, apesar de esperado aumento de cerca de 50% na receita por passageiro devido à forte demanda, as pressões decorrentes dos custos de combustível aceleraram ainda mais. A rival AZUL PN (AZUL4) cedeu 7,6%, também impactada por cenário negativo nos mercados externos.

BRADESCO PN (BBDC4) caiu 2% e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) apontou desvalorização de 1,6%. Ainda no setor financeiro, B3 ON (B3SA3) registrou queda de 5,9%.

TELEFÔNICA BRASIL ON (VIVT3) avançou 0,8%, quarto ganho seguido, liderando as altas do Ibovespa na sessão.

JHSF ON (JHSF3) caiu 2,5% após registrar queda nas vendas contratadas em incorporação no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas em seus shoppings avançaram.

Informações Reuters

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