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Fim de uma era: Bradesco deixa de aceitar cheques como forma de pagamento

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Foto: MoneyInvest
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O Bradesco (BBDC4) anunciou que deixará de emitir cheques para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs) a partir de dezembro. A decisão acompanha a transformação digital dos meios de pagamento e confirma a rápida queda do uso do cheque no país, que já vem perdendo espaço há décadas.

Cheque em extinção

Nos últimos 30 anos, o cheque passou de protagonista a coadjuvante no sistema financeiro. Desde 1995, o número de compensações despencou 96% — de 3,3 bilhões para apenas 137 milhões por ano. Nesse mesmo período, o Pix se tornou o principal meio de transferência de valores entre os brasileiros, transformando completamente o modo como o país movimenta dinheiro.

Em nota, o Bradesco explicou que a mudança reflete “a preferência dos clientes por soluções digitais, mais rápidas e seguras, como Pix, TED e transferências eletrônicas”. Ainda assim, quem ainda possui folhas de cheque poderá utilizá-las normalmente até o esgotamento dos talões, dentro dos prazos tradicionais de compensação. Vale lembrar que o banco continuará oferecendo esse serviço apenas para contas corporativas.

Digitalização muda o comportamento dos brasileiros

Com o avanço da tecnologia, a migração para o universo digital não é exclusiva do Bradesco. O crescimento de ferramentas como Pix, TED e DOC levou à queda acentuada no uso de cheques em todo o país. Em 2024, foram compensados apenas 137,7 milhões de cheques — uma redução de 18,4% em relação a 2023, segundo dados da Febraban.

Por outro lado, o número de transações via Pix continua disparando e, na maioria dos dias de janeiro deste ano, superou o total anual de cheques compensados. Isso mostra como o consumidor brasileiro se adaptou rapidamente às soluções digitais, que oferecem praticidade e segurança em tempo real.

Além disso, o uso do Pix não apenas substituiu o cheque, mas também reduziu a dependência de métodos como DOC e TED. A velocidade e o custo zero das operações tornaram os pagamentos instantâneos a nova norma do sistema financeiro nacional.

Ainda assim, há nichos que resistem à mudança. Alguns setores, principalmente aqueles que exigem comprovação física ou registros formais, continuam utilizando o cheque como ferramenta de controle. Mesmo assim, é cada vez mais evidente que o papel perdeu o protagonismo em um cenário dominado pela eficiência digital.

Vale lembrar que outros meios tradicionais, como o DOC e TEC: o fim de uma era para dar lugar ao PIX, também ficaram no passado. O movimento é o mesmo: rapidez, segurança e praticidade para quem faz e recebe pagamentos.

Um passo natural na era dos pagamentos instantâneos

Por fim, a decisão do Bradesco reforça a aposta de um dos maiores bancos do país em um modelo financeiro 100% digital. Com a mudança, a instituição acompanha o comportamento do consumidor moderno, que prefere agilidade e simplicidade em vez de processos lentos e burocráticos.

Com isso, o banco dá mais um passo rumo a um futuro sem papel. É, sem dúvida, o fim de uma era — e o início definitivo de outra, marcada pela inovação e pelos pagamentos instantâneos.

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