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Brasil é o pior pais para empreender

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Imagem: Sasirin Pamai / Vecteezy

Tirar um sonho do papel e transformá-lo em um CNPJ lucrativo é o desejo de milhões de brasileiros. No entanto, quem decide encarar essa jornada logo percebe que o caminho se assemelha mais a uma corrida de obstáculos do que a uma estrada pavimentada. Se você sente que a dificuldade de manter as portas abertas é desproporcional ao seu esforço, saiba que os números confirmam essa dura realidade.

Infelizmente, dados recentes colocam o nosso mercado em uma posição alarmante. De acordo com novos estudos globais, o Brasil é o pior país para empreender — ou, mais especificamente, o sexto lugar mais complexo do planeta para se fazer negócios. Mas o que explica esse cenário hostil?

O Clube da Burocracia: Brasil no Top 10 Global

Não estamos sozinhos nessa lista nada animadora, mas a nossa posição é crítica. Segundo o Global Business Complexity Index 2025 (GBCI), elaborado pela TMF Group, o ambiente de negócios brasileiro é um dos mais difíceis do mundo.

Nesse sentido, o estudo revela que a complexidade não é exclusividade de países em desenvolvimento. O ranking dos lugares mais desafiadores para o empresário é liderado, surpreendentemente, por nações europeias, mas o Brasil marca presença firme no topo.

Confira o “Top 10” da complexidade:

  1. França
  2. Grécia
  3. México
  4. Colômbia
  5. Turquia
  6. Brasil
  7. Bolívia
  8. Itália
  9. Peru
  10. Cazaquistão

Portanto, ao analisar a vizinhança na tabela, percebemos que o Brasil supera em dificuldade até mesmo países com economias historicamente instáveis. Se em 2023 nações como África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela eram citadas como menos competitivas, o cenário de 2025 reforça que o “Custo Brasil” continua sendo uma âncora pesada.

O muro de contenção: por que é tão difícil?

Mas afinal, onde o sapato aperta? Os empresários são unânimes ao apontar os culpados. A burocracia atua como o primeiro muro que os empreendedores encontram, transformando tarefas simples em labirintos administrativos.

Além disso, existem gargalos estruturais que sufocam o crescimento de qualquer operação, seja ela pequena ou grande:

  • Acesso limitado a crédito: O dinheiro é caro e difícil de conseguir;
  • Instabilidade política e econômica: As regras do jogo mudam com frequência;
  • Infraestrutura precária: A logística ineficiente encarece o produto final.

Dessa forma, a complexidade tributária e a papelada excessiva não apenas desanimam, como também impedem que a operação se mantenha enxuta no início, fase em que o caixa é mais sensível.

Recorde histórico: o peso dos impostos em 2024

Se a burocracia cansa, a carga tributária asfixia. Para piorar o quadro, o Brasil registrou a maior Carga Tributária Bruta (CTB) dos últimos 22 anos em 2024.

Segundo dados da Receita Federal, os tributos atingiram a impressionante marca de 32,2% do PIB. Isso representa uma alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023, quando o indicador marcava 30,22%.

Consequentemente, essa mordida maior do governo afasta investidores internacionais e drena a capacidade de reinvestimento do empresário local. Em suma, enquanto o Brasil figurar nessas listas de complexidade, empreender por aqui continuará sendo, acima de tudo, um ato de extrema resiliência.

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