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Banco digital C6 busca diferenciação com serviços grátis e prepara investimentos e conta no exterior

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banco digital C6 Bank lançou oficialmente sua plataforma de serviços financeiros com planos de crescer oferecendo serviços gratuitos e vantagens para pessoas físicas e empresas a partir do uso da tecnologia. Desde o pré-lançamento, em 17 de maio deste ano, o banco já abriu 200 mil contas e agora espera mais que dobrar esse número até o fim do ano, diz o sócio Luiz Marcelo Calicchio, um dos fundadores do banco. Formado por ex-executivos do Banco BTG Pactual, o C6 anunciou uma campanha na internet, além de rádio e televisão.

A instituição está ampliando aos poucos sua lista de serviços e deve lançar até o fim do ano uma plataforma que permitirá aos investidores negociarem ações no Brasil e nos Estados Unidos, diz Leandro Torres, sócio responsável pela corretora, que hoje opera apenas com clientes institucionais. “Com a queda dos juros no Brasil, vemos uma tendência de procura por diversificação e necessidade de hegde cambial e esperamos um aumento do interesse pelo investimento no exterior”, explica Torres. “Queremos lançar juntos o home broker, para negociar ações aqui, e a negociação no exterior para pessoas físicas”, diz.

A corretora está desenvolvendo um App que permitirá fechar o câmbio e comprar as ações automaticamente, até determinado valor definido com o Banco Central, a partir de uma parceria com uma corretora nos EUA e um banco nas Ilhas Cayman, onde o cliente terá conta para fazer as operações. “Isso nos permitirá oferecer outra facilidade para o cliente, de ter uma conta para usar nas viagens ao exterior e economizar nos impostos com cartões”, afirma Torres. Com a conta lá fora, o cliente evitaria o IOF sobre as compras com cartões e sobre a compra de moeda em cartões pré-pagos, o que equivaleria a um custo aproximado de 7%. “Imagine uma família que gasta R$ 30 mil em uma viagem aos Estados Unidos, 7% seriam uma economia de R$ 2,1 mil”, diz.

A plataforma do C6 deverá ter também orientação para as pessoas físicas, com serviços digitais de educação e assessoria para clientes de menor renda e consultores para os de renda mais alta, que poderão visitar os clientes. “Hoje já preparamos um material de análise de investimentos para os clientes institucionais e vamos adaptar esse material para as pessoas físicas”, diz Torres.

Por enquanto, porém, os clientes do C6 têm apenas a opção de aplicação em CDB do banco, que podem pagar de 100% do CDI (juro básico dos papéis privados do mercado) a 118% em prazos de seis meses a três anos, e debêntures de empresas. A expectativa é que a plataforma da corretora esteja operando no último trimestre do ano. “Mas teremos também papéis de outras instituições, nossa plataforma será aberta”, afirma Torres.

Conta, cartão e transferências gratuitas com milhagem

Além da parte de investimentos, o C6 oferece conta corrente gratuita com um cartão de crédito e transferências ilimitadas gratuitas. Para empresas, as transferências grátis são limitadas a 100 por mês. O banco oferece ainda um serviço de pagamento automático de pedágio, o Taggy, sem mensalidade. “Hoje, as empresas de pedágio cobram de R$ 18 a R$ 25 por mês pelo serviço”, explica Max Gutierrez, diretor responsável pela área de produtos de pessoa física.

Além desses serviços, os clientes terão um programa de recompensa, o Átomos, que permitirá ganhar pontos e milhagem para compra de passagens aéreas e que poderão ser transferidos para outros programas, como Multiplus, Tudo Azul, Smiles, TAP e Miles&Go. Ganharão pontos os clientes que fizerem compras com o cartão de crédito ou usarem o cartão de débito ou pagarem boletos. Além do plano gratuito, haverá outros dois com custo de R$ 10 ou R$ 20 mensais e que darão mais pontos.

Haverá ainda um cartão especial, “Black”, chamado C6 Carbon, que custará R$ 85 por mês, mas será isento para investidores com mais de R$ 150 mil investidos no banco digital. “Vamos oferecer também 2,5 pontos para cada dólar gasto, uma das maiores relações de troca do mercado, e pontos que não expiram”, afirma Gutierrez.

Veja também:  Oi conclui capitalização de R$ 2,5 bilhões em debêntures

Transferência de dinheiro via SMS ou Whatsapp

O banco lançou hoje também um sistema de transferência de recursos via mensagens de celular, SMS ou Whatsapp, o C6 Kick, para qualquer banco. O serviço é gratuito. Para transferir o dinheiro, basta informar, no aplicativo do C6, o número do celular da pessoa para quem deseja enviar o valor. Não é preciso digitar nenhum outro dado. Em seguida, o beneficiário recebe uma mensagem de texto com o link para resgate, e vai inserir os dados da conta em que quer receber o valor.

Maquininhas

O C6 também já começa entrando na guerra das maquininhas de cartões, com a C6Pay, que será isenta de aluguel para faturamentos acima de R$ 5 mil por mês. Abaixo desse valor, será cobrado aluguel de R$ 69,90 por mês. O crédito dos pagamentos será feito em dois dias para débito e 30 dias para crédito, com taxa de antecipação de 3,99% para dois dias e 3,69% para 31 dias.

O banco ainda tem uma oferta limitada de crédito, explica Calicchio, mas novas opções devem ser lançadas nos próximos meses. “Hoje temos cheque especial e cartão de crédito, mas vamos lançar crédito pessoal em breve e teremos todas as opções no futuro”, explica.

Para empresas, o banco terá consultores que vão visitar os clientes para oferecer os produtos, explica Philipe Pellegrino, responsável pela área de pessoas jurídicas do C6. Hoje, já são 150 consultores e a meta é chegar a mil até o fim do ano. Eles não terão metas, mas ganharam de acordo com os produtos do banco que venderem. Inicialmente, as empresas terão serviços de câmbio, maquininhas de cartões, seguro e consórcio. Mais adiante, as empresas terão acesso a cartão múltiplo e operações de crédito.

Pesquisas mostram perfil do cliente

Os serviços oferecidos pelo C6 foram estruturados a partir de pesquisas com clientes e muitos testes, explica Gustavo Torres, diretor de Inovação. Foram 40 pesquisas com 3.300 pessoas e 260 testes de mais de 1.200 telas.

Alguns resultados chamam a atenção, como o fato de que 70% dos clientes não entenderem direito o que era o CDI, juro de mercado semelhante ao overnight que corrige os títulos do banco, ou mesmo o CDB. E 30 mostraram interesse em conhecer melhor o funcionamento do imposto de renda e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Suspensão do cartão de crédito

Outro dado usado pelo banco foi que 85% dos clientes viam a necessidade de poder suspender temporariamente o cartão de crédito. “Muitos não achavam o cartão e, em vez de cancelar e pedir um novo, queriam poder suspender por um tempo até ter certeza de que tinham perdido mesmo”, explica Torres. A pesquisa mostrou também que 40% dos potenciais clientes davam importância para saques e transferências de graça, por isso o banco adotou essa prática.

O C6 decidiu também o nome do cheque especial como Limite de Conta, pois 30% dos clientes não entendiam os termos limite de crédito e cheque especial.

Há também uma preocupação com a transparência, explica Torres, o que fez o banco, além de apresentar o contrato de cada produto novo, também dar uma explicação dos principais termos do contrato. O banco também buscou meios de permitir o máximo de escolhas para o cliente que pode escolher a cor dos cartões de crédito ou o nome que quer usar nele. “Se o cliente quer usar o nome que usa nos joguinhos da internet, pode colocar no cartão”, explica Torres.

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