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Ambipar (AMBP3) despenca 19% após disparar 20%: manipulação em jogo?

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Imagem: Wirestock/Freepik
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As ações da Ambipar (AMBP3) viveram uma verdadeira montanha-russa no início da semana. Na segunda-feira (29), os papéis chegaram a subir 21%, empolgando investidores que buscavam ganhos rápidos. Só que o alívio durou pouco: nesta terça-feira (30), a queda foi brutal, de 20%, levando a cotação para R$ 8,52 e apagando quase todo o avanço da véspera.

Decisão da Justiça pressiona a companhia

A reversão no preço aconteceu logo após a Justiça do Rio de Janeiro rejeitar um pedido urgente do Deutsche Bank. O banco tentava derrubar a liminar que hoje garante um “escudo” à companhia em meio a um passivo que pode alcançar R$ 10 bilhões. A negativa aumentou ainda mais a incerteza em torno do futuro da empresa.

Nos bastidores, analistas comentam que alguns grandes investidores já esperavam a decisão judicial. A interpretação é que esses players teriam inflado artificialmente o preço na segunda-feira para, no dia seguinte, vender em massa. Ainda assim, vale lembrar que não existem provas concretas de manipulação — apenas sinais que despertam desconfiança pela sequência dos acontecimentos.

Agências de rating rebaixam a Ambipar

Enquanto o mercado digeria a decisão judicial, a pressão aumentou com o movimento das agências de classificação de risco. A S&P Global cortou a nota de crédito da Ambipar de BB- para D, um nível que, em linguagem prática, equivale a default, ou seja, calote da dívida. A Fitch também reduziu sua avaliação, mas em menor intensidade, rebaixando de BB- para C.

Esse duplo rebaixamento adicionou mais lenha à fogueira, reforçando a percepção de fragilidade financeira da empresa e elevando o clima de cautela entre investidores.

Impacto no mercado e o que esperar

O conjunto de notícias negativas deixou a Ambipar em uma encruzilhada. De um lado, a forte desvalorização das ações em dois dias. Do outro, a deterioração da imagem de crédito, que complica a relação com credores e investidores institucionais. Para o acionista comum, o recado é claro: o risco aumentou e os próximos capítulos serão decisivos para determinar a capacidade da companhia de atravessar essa crise.

Ainda assim, analistas lembram que movimentos bruscos não são novidade no mercado brasileiro, onde fatores externos e internos podem provocar reviravoltas em questão de horas. A diferença, neste caso, é a soma de elementos negativos acontecendo ao mesmo tempo, o que amplia as especulações sobre uma possível manipulação no curto prazo.

Ambipar no radar dos investidores

Apesar do cenário turbulento, a empresa segue sob os holofotes do mercado financeiro. Muitos investidores acompanham de perto as próximas decisões judiciais, além de eventuais ajustes na estratégia corporativa. Outros já veem na queda uma oportunidade para compras especulativas, embora o risco seja elevado.

O episódio mostra como a Ambipar se tornou um exemplo emblemático de como decisões judiciais, ratings e movimentos de grandes players podem influenciar fortemente a trajetória de uma ação na B3. Para quem acompanha a companhia, a lição é clara: volatilidade será a palavra de ordem nos próximos meses.

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