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Investimentos sustentáveis são alternativas para diversificar a carteira

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Mercado categoriza ativos que permitem ampliar o patrimônio financeiro e, também, contribuir para o bem estar-coletivo

Foto: Freepik

Priorizar os ativos sustentáveis na hora de montar uma carteira de investimentos é uma forma de aliar a estratégia de diversificação e os impactos positivos para a sociedade. Assim, o investidor contribui não só para a proteção e o aumento do patrimônio financeiro, mas incentiva a promoção de um bem-estar coletivo.

O debate sobre os impactos das ações humanas e empresariais para a sociedade chegou ao mercado financeiro, que passou a disponibilizar alternativas com foco em sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa.

A Bolsa de Valores (B3) criou índices que reúnem os investimentos sustentáveis por categorias. São três de sustentabilidade – ICO2, GPTW e ISE – e três de governança – IGC, ITAG e IGCT. Os índices funcionam como uma espécie de termômetro sobre o desempenho dos ativos.

Índices de sustentabilidade

A B3 utiliza metodologias específicas para definir quais ativos irão compor cada índice. O ICO2 é direcionado para companhias que possuem o compromisso com a redução do uso de carbono, incluindo a transparência sobre essa informação.

O IGPTW, por sua vez, reúne as empresas que foram certificadas pela consultoria global Great Place to Work, como um lugar que mantém um bom ambiente de trabalho para os funcionários.

Já o ISE é o Índice de Sustentabilidade Empresarial, indicador composto por ativos de empresas reconhecidas pelas práticas de ESG, do inglês Environmental, Social and Governance, que pode ser traduzido para o português como ASG (Ambiental, Social e Governança).

Índices de governança

A governança corporativa é apontada como fundamental para a sustentabilidade das empresas. Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), ela pode ser compreendida como o sistema pelo qual uma organização é conduzida. Seus princípios básicos são a transparência, a equidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa.

Os índices de governança da B3 reúnem investimentos de empresas alinhadas com as boas práticas de governança corporativa. O IGC junta ações de empresas negociadas no Novo Mercado ou com classificações 1 e 2 da Bovespa Mais.

As empresas listadas no Novo Mercado são aquelas que conquistaram o patamar mais elevado de transparência e governança corporativa. Já a Bovespa Mais agrupa as empresas que pretendem abrir o capital de forma gradativa. No nível 1, elas já fizeram a oferta pública inicial (IPO). O nível 2 é uma evolução do primeiro, mas ainda exige um trabalho em relação às políticas de transparência para alcançar o patamar mais elevado.

Outro indicador engloba ações de empresas que oferecem as melhores condições de proteção aos interesses de acionistas minoritários. É a chamada ITAG, sigla para Índice de Ações com Tag Along Diferenciado.

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De acordo com as informações da B3, o IGCT – mais um índice de caráter relacionado à governança corporativa – foi criado com o propósito de complementar o IGC. Ambos avaliam as práticas nas organizações, mas o IGCT seleciona aquelas que possuem o melhor desempenho na lista do IGC.

Principais vantagens

Optar por investimentos sustentáveis traz vantagens ao investidor. O primeiro deles é o potencial de retorno financeiro. Os consumidores têm valorizado, cada vez mais, os negócios que priorizam ações de impactos positivos para o meio ambiente e a sociedade como um todo.

Pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) mostrou que 87% dos brasileiros dão preferência às empresas que realizam práticas sustentáveis na hora de adquirir um produto ou serviço. De acordo com o estudo, 70% dos consumidores não se importam de pagar um pouco a mais por isso.

Outro benefício é a possibilidade de diversificar a carteira através desse tipo de ativo. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) explica que a diversificação é uma das principais estratégias para diluir os riscos na hora de investir. Ela consiste em distribuir os recursos financeiros entre diferentes ativos e categorias de investimento.

Ao escolher os investimentos sustentáveis, o investidor também contribui para uma causa que acredita. Investir em uma organização é uma forma não apenas de obter rentabilidade, mas também incentivar o trabalho realizado por ela.

Conhecer para escolher

Quanto maior o grau de conhecimento do mercado financeiro, maior é a preferência por investimentos sustentáveis. A informação é da pesquisa Schroders Global Investor Study 2022.

Segundo o estudo, 68% dos investidores especialistas, que possuem uma compreensão aprofundada do mercado, investem nesse tipo de ativo. Entre os investidores com conhecimento intermediário, o percentual é de 52%. Enquanto os iniciantes somam 42%.

Os dados mostram, ainda, que na opinião dos entrevistados, a sustentabilidade é o caminho para conquistar o retorno no longo prazo. No Brasil, a preferência dos investidores é por ativos que contribuam para melhorias para a educação (60%), o clima (36%), a erradicação da pobreza (34%), a saúde e o bem-estar (33%).

Os índices da B3 podem orientar os investidores na escolha de quais empresas contribuem para cada área e quais ativos estão mais rentáveis no momento, assim como, as perspectivas futuras.

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