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Bug no Bitcoin permitiu a criação de 184,5 milhões de Bitcoins

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Bug no Bitcoin permitiu a criação de 184,5 milhões de Bitcoins
Imagem: Jae Rue / Pixabay

O Bitcoin surgiu em 31 de outubro de 2008 e, desde então, a maior criptomoeda do planeta passou por alguns incidentes. Muitos tentaram e ainda tentam encontrar brechas para atacar ou alterar a rede, mas todos falharam, graças à natureza forte da rede de criptomoedas.

Há 13 anos atrás, um incidente fez Satoshi Nakamoto, o criador anônimo do Bitcoin, agir. Em agosto de 2010, o Bitcoin enfrentou seu desafio mais severo: uma vulnerabilidade que ficou conhecida como “Incidente de estouro de valor”. Essa vulnerabilidade permitiu que um hacker explorasse o código do Bitcoin, criando novos BTCs. Foram criados surpreendentes 184,467 bilhões de Bitcoins.

A falha em verificar as transações adequadamente antes de registrá-las no blockchain originou a vulnerabilidade. Esse bug permitiu aos usuários criar um número infinito de Bitcoins, excedendo em muito o limite de 21 milhões.

Satoshi Nakamoto corrigiu a falha

Felizmente, Satoshi Nakamoto detectou essa falha e agiu rapidamente. Em três horas, Nakamoto e Gavin Andresen, um dos primeiros desenvolvedores do Bitcoin, solucionaram a vulnerabilidade. Em cinco horas, o blockchain foi bifurcado, eliminando a transação problemática, junto com todas as outras que ocorreram durante o período.

Veja também:  Bitcoin: Coronavírus deixa rali do bitcoin em dúvida após terceiro 'halving'

Nakamoto se reuniu com alguns mineradores para sugerir a criação de uma nova rede. 19 horas depois do bug, Nakamoto confirmou o domínio da nova rede no fórum Bitcointalk, apagando o incidente catastrófico do registro do Bitcoin. Segundo especialistas, se o problema não fosse corrigido, talvez o Bitcoin não existisse hoje.

Bitcoin ainda mais seguro

Este incidente reforçou ainda mais a segurança robusta da rede Bitcoin. Mesmo sendo uma tecnologia ainda nova, é preciso destacar que o Bitcoin é uma das moedas mais sólidas e seguras do mundo. O Bitcoin é também criptográfico, público, descentralizado e não depende de permissões.

O blockchain usa voluntários (muitos deles) para assinar hashes que validam transações na rede Bitcoin usando criptografia. Esse sistema torna as transações geralmente irreversíveis e aumenta a segurança dos dados do Bitcoin.

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