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Bradesco registra lucro de R$ 6,2 bilhões no 3T25; ações caem

O Bradesco (BBDC4) divulgou na última quarta-feira (29) o resultado do terceiro trimestre de 2025, registrando lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões — um crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o desempenho ficou acima das estimativas da LSEG, que projetava R$ 6,05 bilhões.
O resultado reforça a fase de transformação do Bradesco, que tem buscado ampliar sua rentabilidade com eficiência e controle de risco. Ainda no campo dos resultados, o Bradesco anuncia R$ 3 bilhões em JCP aos acionistas, demonstrando confiança na sustentabilidade financeira da instituição.
Lucro sólido e transformação em andamento
De acordo com a administração, o trimestre representa mais um avanço na execução do plano de transformação. “Mantivemos a tração comercial e o controle da inadimplência, priorizando sempre o retorno ajustado ao risco”, informou o Bradesco em comunicado ao mercado. Sem efeitos extraordinários, o lucro contábil permaneceu igual ao recorrente, também de R$ 6,2 bilhões.
Vale lembrar que o resultado reflete a consistência do plano estratégico conduzido pelo presidente-executivo Marcelo Noronha. Segundo ele, o foco continua sendo o aumento gradual do lucro, trimestre a trimestre — mesmo assim, o Bradesco tem preservado sua força comercial, apesar do cenário de desaceleração econômica.
Receitas e margens financeiras em alta
O Bradesco apurou R$ 35 bilhões em receitas totais, um avanço de 13,1% em comparação com 2024. Ao mesmo tempo, a margem financeira total cresceu 16,9%, enquanto o custo de crédito aumentou 20,1%, chegando a 3,3%. Por outro lado, a recuperação de crédito recuou 16,7%, totalizando R$ 805 milhões — um movimento considerado pontual por analistas do setor.
Mesmo assim, o índice de inadimplência acima de 90 dias se manteve estável em 4,1%, ligeiramente abaixo dos 4,2% de um ano atrás, o que sinaliza resiliência na carteira de crédito e boa gestão de risco.
Estabilidade e eficiência operacional
Os indicadores de capital também apontam estabilidade. O índice de capital nível 1 fechou o trimestre em 13,4%, enquanto o índice de capital principal ficou em 11,4%, confirmando a solidez financeira da instituição.
Dessa forma, o Bradesco manteve suas projeções para 2025, com expectativa de crescimento da carteira de crédito entre 4% e 8%, além de margem financeira líquida entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. Até o fim de setembro, o acumulado do ano já somava R$ 29,64 bilhões, reforçando o desempenho positivo.
Rede física e ações em queda
A reestruturação operacional segue em andamento. O Bradesco encerrou setembro com 2.059 agências, ante 2.168 em junho e 2.355 há um ano. Além disso, o quadro de funcionários foi reduzido para 81.657, contra 84.018 em 2024, reflexo da digitalização e do foco em eficiência.
Na Bolsa de Valores, as ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) encerraram o dia em queda de 3,51%, cotadas a R$ 18,17. Ainda assim, especialistas apontam que o lucro expressivo e a consistência dos indicadores reforçam a capacidade do Bradesco de sustentar bons resultados em meio a um cenário econômico mais desafiador.
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