Shiba Inu na Mira das Baleias: Tensões Globais Aceleram Corrida Cripto!

Ataques aéreos de Israel ao Irã agitaram os mercados globais, e o universo das criptomoedas não ficou imune. Em meio à turbulência, o setor viu uma forte queda, mas, curiosamente, a atividade de grandes carteiras, as chamadas “baleias“, em memecoins como Shiba Inu, Compound e UMA, disparou. Seria um sinal de que esses grandes players estão se reposicionando em busca de estabilidade?

Acumulação de Baleias: Sinais de Recuperação no Radar

Dados da Santiment, empresa de análise de criptoativos, mostram que a movimentação das baleias em diversas criptomoedas de média e baixa capitalização aumentou nos últimos dias. Esse movimento atípico pode indicar potenciais reversões nas tendências de preço. A Santiment explica que picos em transações de alto valor geralmente sugerem que as baleias estão acumulando ou, ao contrário, desfazendo-se de ativos de forma estratégica.

Entre os tokens que vêm exibindo sinais de acumulação, Shiba Inu (SHIB), Ankr (ANKR) e LCX chamam a atenção. Eles registraram aumentos significativos nas transações de baleias, correlacionando-se com ganhos de preço ou, pelo menos, indicando potenciais recuperações.

Shiba Inu, por exemplo. A segunda maior memecoin em valor de mercado, viu um volume impressionante de 527 transações de baleias em 5 de junho – o maior pico em um único dia em cinco meses! Essa atividade peculiar coincidiu com um modesto aumento de preço. Para a Santiment, isso pode ser o início de uma recuperação maior, especialmente porque o pico de transações ocorreu justamente quando os preços estavam em baixa. Uma oportunidade de compra para quem tem capital?

A Ankr (ANKR), uma plataforma de infraestrutura descentralizada, também entrou no radar. Ela registrou oito transações acima de US$ 100.000 em 8 de junho, logo após uma queda de 23% no mês anterior. Embora muitas vezes ignorados, picos de atividade de baleias em Ankr historicamente precederam recuperações de preços.

Enquanto isso, a LCX, token utilitário da Bolsa de Criptoativos de Liechtenstein, registrou 12 grandes transferências de baleias em 9 de junho, o maior número desde fevereiro. Após uma queda de 31% em relação ao pico de abril, o token já valorizou 8% desde então, levantando especulações sobre um renovado interesse dos investidores, talvez devido ao seu posicionamento regulatório e baixa capitalização de mercado.

Despejo de Baleias: Onde os Lucros Estão Sendo Colhidos?

Por outro lado, a Santiment também identificou sinais claros de “dumping” – o despejo de grandes quantidades de criptoativos – por parte das baleias. Ativos como SPX6900, Compound (COMP) e UMA estão nessa lista.

O SPX6900, uma memecoin satírica que teve uma valorização meteórica de 486% em três meses, registrou 134 grandes transações em 9 de junho. Isso provavelmente indica uma realização de lucros pelas baleias e um potencial topo local para o ativo.

De forma similar, o Compound (COMP), um token DeFi que permite aos usuários ganhar juros sobre depósitos em criptomoedas, registrou sua maior contagem de transações de baleias desde 1º de abril, com 157 transferências em 9 de junho. Isso acontece em meio a um aumento mensal de preços de dois dígitos, o que, para a Santiment, pode sugerir condições de sobrecompra no curto prazo. Será que o COMP está superaquecido?

Por fim, a UMA, plataforma para criação de ativos sintéticos sem feeds de preços em tempo real, também levantou suspeitas. Ela registrou 27 transações de baleias em 8 de junho, o maior número em 2025, enquanto seu preço disparou 52% entre 5 e 8 de junho. Esse timing sugere uma realização de lucros coordenada. Afinal, aumentos abruptos em transações de alto valor, especialmente após ganhos rápidos de preço, podem ser indicadores precoces de picos de mercado locais e potenciais recuos.