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Criptomoedas

R$ 500 Mil em criptomoedas Roubadas: O Pesadelo de um Médico em São Paulo

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Imagem: Ahasanara Akter / Vecteezy

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Um médico foi rendido por criminosos armados que invadiram sua casa e o mantiveram refém por cinco horas. O alvo? Criptomoedas no valor de US$ 86 mil (cerca de R$ 500 mil). A quadrilha, especializada em roubos digitais, deixou a polícia em alerta e levantou debates sobre a segurança de investimentos em criptomoedas.

Assalto Planejado: Criptomoedas na Mira

O pesadelo começou após o médico voltar de uma partida de futebol beneficente, evento que organiza semanalmente. Ao chegar em sua residência de alto padrão, ele foi surpreendido por quatro criminosos. Três invadiram a casa, enquanto um ficou vigiando a rua. Armados e com informações precisas, os bandidos foram direto ao ponto: “Cadê o celular que tem o Bitcoin?”.

Usando reconhecimento facial, os assaltantes acessaram o celular do médico e invadiram sua conta na Binance, uma das maiores plataformas de criptomoedas do mundo. Durante as cinco horas de sequestro, eles transferiram os fundos com calma, guiados por dois comparsas que davam ordens por telefone. O prejuízo foi cerca de R$ 500 mil em criptomoedas roubadas.

Conta Bancária Ignorada

Curiosamente, a quadrilha não tocou nos R$ 300 mil que o médico tinha em sua conta-corrente. “O chefe no telefone mandou ignorar e focar só nas criptos”, revelou a vítima. Além do roubo digital, os bandidos saquearam a casa, levando bolsas de grife, relógios, bebidas caras e até uma mala preparada para uma viagem ao Chile.

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Suspeita de Traição

O médico acredita que o crime foi orquestrado por alguém próximo. Os assaltantes tinham detalhes precisos sobre sua rotina e segurança, como o controle original do portão — um modelo impossível de clonar. Entre os suspeitos, ele aponta um segurança particular que sumiu após o crime e um conhecido do futebol beneficente que já havia pedido um empréstimo de R$ 500 mil.

Binance e a Falta de Bloqueio

A vítima critica a Binance por não ter bloqueado as transações suspeitas. “Eu tinha essas criptos há seis anos. Em um domingo, sacaram tudo, e a plataforma não fez nada”, lamenta. Após o roubo, ele tentou rastrear os fundos, mas recebeu apenas um e-mail genérico da empresa: “Sinto muito, suas criptomoedas não são rastreáveis. Boa sorte.”

Em resposta, a Binance informou que não comenta casos em investigação, mas destacou seu “programa robusto de compliance e segurança”. A plataforma não explicou por que os saques atípicos não foram barrados nem confirmou colaboração direta com a Polícia Civil.

Investigação em Andamento

A Polícia Civil, por meio do 14º DP de Pinheiros, trata o caso como roubo comum e já requisitou informações à Binance e outras empresas. Até agora, não há suspeitos identificados. Para o médico, o trauma vai além da perda financeira. “Eles sabiam onde eu guardava coisas que nem bandido comum conhece, como hormônios do crescimento no frigobar”, desabafa.

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