Mercado de Ações
Mercados domésticos ainda correm risco de volatilidade pré-eleição, diz Rio Bravo

SÃO PAULO (Reuters) – Apesar do começo de ano positivo para os ativos locais, o mercado brasileiro ainda pode enfrentar volatilidade nos próximos meses conforme se aproxima a eleição presidencial, avaliou a gestora Rio Bravo em relatório de cenários, apontando receios do lado fiscal.
Além de propostas legislativas “com objetivos eleitorais” –a gestora cita ideias para controle de preços de combustíveis que podem aumentar riscos fiscais–, o período da campanha também pode elevar as incertezas.
“Embora não acreditemos que uma mudança drástica no arcabouço fiscal deva ocorrer no início do mandato de nenhum dos candidatos, o tema muito provavelmente aparecerá durante a campanha. Sendo assim, comentários menos fiscalmente responsáveis poderão elevar o risco e estressar os mercados”, disse a casa no documento.
A fotografia dos mercados neste começo de ano mostra o real com o melhor desempenho no mundo e o Ibovespa como destaque entre seus pares. Mas a Rio Bravo alerta que o cenário para a economia neste ano se mantém “ruim”, com a inflação corroendo a renda e contendo a demanda, num contexto de restrições na cadeia de produção como questão ainda relevante.
“Mesmo saindo dos holofotes nos últimos tempos, os gargalos permanecem. A política monetária com suas tradicionais defasagens deve começar a ter um efeito mais sensível em deprimir o crescimento econômico”, disse a Rio Bravo, que estima juro de 12,25% ao fim do ciclo de aperto monetário.
Os efeitos potenciais de tensões entre Rússia e Otan também são examinados. “O prenúncio de uma guerra tem potencial para impulsionar um movimento de aversão ao risco global, provocando uma fuga de capitais investidos no país, desvalorizando a moeda e aumentando os prêmios de risco necessários para atrair investidores”, disse a gestora.
O dólar deve fechar o ano em 5,5 reais, estimam os economistas da gestora, valorização nominal de 10% ante o patamar desta quarta-feira (5,0019 reais). A Rio Bravo calcula retração de 0,2% do PIB neste ano, quando a inflação pelo IPCA ficará em 5,4%.
(Por José de Castro)
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