As ações da Oi, que antes estavam entre as mais buscadas pelos investidores na B3, eram vistas como uma oportunidade para lucrar com a potencial saída da recuperação judicial e a retomada dos lucros.
No entanto, com a empresa enfrentando sua segunda recuperação judicial e a ameaça concreta de falência, os investidores passaram a negligenciar os ativos da Oi na Bolsa de Valores (B3).
A primeira recuperação judicial da empresa ocorreu em 2016, com uma dívida de R$ 64 bilhões, tornando-se um dos maiores pedidos de recuperação já feitos na história do Brasil, ficando atrás apenas da Odebrecht (R$ 98 bilhões).
Em dezembro de 2022, a empresa anunciou o encerramento da primeira recuperação judicial. No entanto, a alegria dos investidores durou pouco, pois menos de três meses após o anúncio, a companhia solicitou sua segunda recuperação judicial, declarando ter uma dívida de R$ 43,7 bilhões. Desse montante, R$ 1 bilhão pertence à classe 1, que se refere às dívidas trabalhistas.
Falência da Oi não está descartada
Com o aumento das dívidas e a ausência de perspectivas de retorno aos lucros, rumores nos bastidores indicam que a possibilidade de falência da Oi não está descartada.
De acordo com informações, a Anatel está preparando um relatório sobre a situação atual da Oi visando uma possível intervenção na empresa. A preocupação reside no fato de que a Oi possui uma ampla abrangência nacional, uma extensa rede de telefonia fixa e banda larga, além de ser detentora do maior backbone do país.
O governo expressa preocupação com o potencial impacto significativo na infraestrutura de telecomunicações do Brasil.
Ação da Oi na Bolsa de Valores
Na B3, os papéis da companhia continuam a caminho do pó. Em um ano, as ações da empresa caíram mais de 80%, deixando muitos investidores que acreditaram na empresa com prejuízos e sem perspectiva de recuperação.
Esta notícia foi publicada em 5 de julho de 2023