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Ibovespa recua com bancos entre maiores pressões após Câmara aprovar reforma do IR

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Ibovespa recua com bancos entre maiores pressões após Câmara aprovar reforma do IR
(Foto: Gisele Federicce)

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa recuava nesta quinta-feira, com agentes financeiros reagindo à aprovação pela Câmara dos Deputados do texto principal do projeto que altera regras do Imposto de Renda, com bancos entre as maiores pressões negativas.

Às 10:59, o Ibovespa caía 1,36 %, a 117.766,59 pontos. O volume financeiro somava 5,4 bilhões de reais.

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Após acordo, deputados aprovaram por 398 votos a 77 o texto que, entre outras mudanças, reduz o IR a empresas e pessoas físicas, estabelece taxação ao pagamento de dividendos e acaba com o benefício fiscal dos juros sob capital próprio.

Destaques ao texto devem ser votados nesta quinta-feira pela Câmara, e o projeto será encaminhado para apreciação do Senado.

“Agora, é esperar para entender quais destaques irão alterar o texto e qual a disposição do Senado em seguir com esta reforma”, afirmou o diretor de investimentos da TAG, Dan Kawa, em comentários a clientes.

No Senado, também na véspera, o plenário impôs um revés ao governo do presidente Jair Bolsonaro ao rejeitar MP que promovia uma espécie de minirreforma trabalhista e criava o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Para o BTG Pactual (BPAC11), o comportamento do mercado reflete a reação às votações no Congresso, associada a um grau de indefinições, com destaque para a inflação e os possíveis efeitos da crise hídrica sobre a economia.

“Estamos no momento trabalhando com excesso de volatilidade e sem uma definição de tendência”, afirma comentário da área de gestão de recursos do banco a clientes.

Nesse contexto, ficava em segundo plano o efeito positivo do exterior, com os norte-americanos S&P 500 e Nasdaq  renovando máximas.

Veja também:  Ibovespa em volatilidade "altíssima" por eleições avança em dia cheio de balanços

Destaques

Itau Unibanco PN (ITUB4) perdia 2,5% e Bradesco PN (BBDC4) recuava 2,4%, dado o potencial efeito negativo do fim de mecanismo de JCP nos resultados dos bancos brasileiros com as mudanças tributárias aprovadas na Câmara, embora analistas avaliem que a redução na alíquota do IR possa compensar tal impacto. Santander Brasil UNIT (SANB11) caía 3,2%.

Eletrobras ON (ELET3) caía 3,8%, mais do que devolvendo os ganhos da quarta-feira, quando agentes financeiros responderam a novo avanço na direção da privatização da elétrica. O índice do setor elétrico na B3 (B3SA3) mostrava declínio de 1,8%.

Petrobras PN (PETR4) recuava 0,3%, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia disse mais cedo que avalia os impactos financeiros da alteração sobre a coparticipação da empresa no custeio dos planos de saúde dos funcionários, que pode reverter um ganho de 13 bilhões de reais registrado pela companhia.

Vale ON (VALE3) perdia 0,4%, em sessão negativa para o setor de mineração e siderurgia no Ibovespa, em mais uma sessão de baixa dos preços do minério de ferro na China. Gerdau PN (GGBR4) cedia 0,9% antes de evento da empresa com analistas e investidores à tarde.

Suzano PN (SUZB5) subia 1,5%, entre as poucas altas do Ibovespa nesta sessão, enquanto a rival Klabin UNIT (KLBN11) recuava 1%.

Assaí ON (ASAI3) avançava 0,5%, tendo de pano de fundo que concluiu a venda de dois de cinco imóveis no âmbito de acordo anunciado em julho envolvendo fundo imobiliário administrado pela BRL Trust e gerido pela TRX, por 134,6 milhões de reais.

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