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Memecoins

Do Hype ao Prejuízo: O Colapso da Baby Doge em 2025 e a Realidade das Memecoins

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Imagem: Divulgação
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Embora histórias de lucros rápidos atraiam investidores iniciantes, a realidade mostra que esse segmento opera em uma linha muito fina entre especulação extrema e perdas relevantes. Entender o que aconteceu ajuda a evitar erros que se repetem com frequência.

O que são memecoins — e por que elas são tão arriscadas

Memecoins costumam nascer a partir de piadas, tendências de internet ou personagens virais. Diferente de projetos consolidados, muitas surgem sem proposta técnica clara, sem inovação e sem um modelo econômico sustentável.

Na prática, o valor dessas moedas depende quase exclusivamente de hype, engajamento nas redes sociais e interesse momentâneo de grandes influenciadores. Quando esse interesse some, o preço costuma seguir o mesmo caminho.

A anatomia de uma memecoin típica

O roteiro costuma se repetir. Um token é lançado rapidamente, ganha tração nas redes sociais e atrai compradores movidos pelo medo de ficar de fora — o conhecido FOMO. Os primeiros investidores aproveitam a valorização inicial para vender suas posições.

Quem entra depois, muitas vezes sem entender o projeto, acaba ficando exposto quando o volume diminui e o entusiasmo desaparece. É nesse momento que os prejuízos aparecem.

O caso da Baby Doge Coin: do hype ao esquecimento

A trajetória da Baby Doge ilustra bem esse ciclo. A memecoin ganhou destaque após campanhas de marketing agressivas e, principalmente, após menções indiretas de Elon Musk, figura conhecida por movimentar preços no mercado cripto.

Um único tweet foi suficiente para disparar a procura. Investidores correram para comprar, apostando que o movimento se repetiria como ocorreu com a Dogecoin. Mas a euforia não durou.

Dados da plataforma CoinGecko indicam que a Baby Doge acumulou uma queda de aproximadamente 90,4% em apenas um ano. O volume diário de negociações, que já foi expressivo, hoje gira em torno de US$ 6 milhões, patamar considerado baixo para padrões globais.

O resultado foi previsível: quem entrou apenas pelo hype ficou exposto a perdas significativas quando o interesse do mercado diminuiu.

Por que isso importa para o investidor comum

Casos como esse não são exceção. Eles mostram que comprar um ativo apenas pela promessa de lucro rápido, sem analisar fundamentos, costuma levar a decisões ruins.

Para quem investe com dinheiro suado, entender esses riscos é essencial antes de apostar em ativos altamente especulativos.

Os 4 principais riscos das memecoins

1. Taxa de mortalidade extremamente alta

Um estudo de 2024 do hub Chainplay, intitulado State of Memecoins, revelou que cerca de 97% das memecoins criadas acabaram morrendo, com preço próximo de zero. O tempo médio de vida desses projetos é de aproximadamente um ano.

2. Volatilidade fora de qualquer padrão

O preço dessas moedas responde mais ao humor das redes sociais do que a qualquer lógica econômica. Segundo Caio Leta, head of content da Bipa, o valor é impulsionado quase exclusivamente pelo hype, o que torna oscilações bruscas algo comum.

3. Falta de valor intrínseco

Diferente de criptomoedas consolidadas, como Bitcoin ou Ethereum, memecoins geralmente não possuem utilidade prática, geração de receita ou métricas que sustentem seu preço no longo prazo.

4. Baixa liquidez

A liquidez limitada é um risco técnico importante. Se grandes investidores — as chamadas “baleias” — decidem vender, o preço pode despencar rapidamente, deixando pequenos investidores sem saída.

Lição final: cautela vale mais que hype

O colapso da Baby Doge em 2025 reforça uma lição antiga no mercado financeiro: promessas fáceis costumam esconder riscos elevados. Memecoins podem até gerar ganhos pontuais, mas, para a maioria, acabam servindo como aprendizado caro.

Antes de investir, entender o projeto, avaliar riscos e reconhecer o próprio perfil é o que separa decisões conscientes de apostas puramente emocionais.

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