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Cielo evita subsídios e prega cautela no crédito; ações caem após 4º tri

SÃO PAULO (Reuters) – A Cielo (CIEL3) seguirá evitando usar subsídios para disputar clientes e será cautelosa com produtos de crédito, disse seu presidente-executivo, Gustavo Sousa, enquanto a maior empresa de pagamentos do país luta para estancar uma queda das margens que voltou a aparecer no quarto trimestre e pressionava suas ações.
“Os subsídios que parte do mercado de adquirência vem praticando são insustentáveis”, disse Sousa nesta quinta-feira, durante teleconferência com jornalistas.
Essa política, segundo o executivo, é a principal explicação para a Cielo ter fechado 2021 com uma base de 1,2 milhão de terminais de pagamentos ativos, queda de cerca de 200 mil unidades sobre o ano anterior.
Maior empresa de pagamentos do país, a Cielo tem praticado uma política de controle de custos e saída de negócios deficitários para reverter uma longa tendência de queda na lucratividade.
Essa combinação apareceu novamente nos resultados do quarto trimestre, divulgados na noite da véspera, quando seu lucro cresceu 13% ante mesma etapa de 2020. Foi o quinto trimestre seguido de aumento do lucro na comparação ano a ano.
Analistas saudaram o desempenho acima de suas expectativas.
“Os resultados vieram na direção certa, com foco na rentabilidade em detrimento do crescimento”, afirmaram analistas do Bank of America em relatório. “Mas os resultados devem continuar pressionados pelos altos custos de captação”.
Em outro relatório, o BTG Pactual (BPAC11) afirmou estar adotando um viés mais positivo para a companhia.
“Presumindo que os lucros continuarão a subir nos próximos trimestres, a ação está inegavelmente barata”.
Ambas as casas de análises, no entanto, mantiveram recomendação ‘neutra’ para o papel, dado o cenário atual de juros mais altos – na véspera, o Banco Central elevou a taxa básica para 10,75% ao ano, pico desde maio de 2017 – o que pode comprometer um dos alicerces da melhora recente da Cielo: os produtos de crédito.
Na B3 (B3SA3), a ação da companhia era negociada em queda de 3% às 12h14, enquanto o Ibovespa recuava 0,14%.
Sousa disse que, diferente de rivais, a Cielo tem um risco muito baixo nas suas operações de antecipação de recebíveis e na oferta de empréstimos a lojistas.
(Por Aluísio Alves; edição de André Romani)
Informações Reuters
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