SÃO PAULO (Reuters) – A varejista de eletroeletrônicos Via Varejo (VVAR3) está pedindo a suspensão de aluguéis de mais de 1.020 lojas físicas fechadas por conta de medidas de quarentena em todo país, como uma forma de lidar com a queda de 50% de sua receita, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.
Uma das pessoas disse que a empresa já conseguiu acordo com alguns proprietários e está esperando fechar um acordo em grupo com outros lojistas para não pagar aluguéis de suas lojas em shopping centers.
A Via Varejo reduziria as despesas em cerca de 80 milhões de reais se todos os proprietários aceitarem o pedido de suspensão de aluguéis, o que ajudaria a companhia a enfrentar a queda de receita, segundo as fontes, que pediram anonimato para revelar discussões privadas.
O acionista Michael Klein, que é dono de dezenas de lojas alugadas pela Via Varejo, também recebeu o mesmo pedido e está sendo tratado como todos os outros proprietários, afirmaram as fontes.
Embora a queda de 50% seja relevante, a Via Varejo conseguiu melhorar sua receita desde o início da quarentena há algumas semanas, quando a queda chegou a 70%.
Na segunda semana de quarentena, a Via Varejo lançou um software novo para seus vendedores, que já estava em desenvolvimento antes da pandemia, que facilita a vendedores das lojas físicas fazer vendas online, contatando os consumidores por mídias sociais e ajudando as pessoas durante o processo de compra.
O novo sistema reduziu a queda de receita e as vendas da Via Varejo estão atualmente 50% abaixo das metas estabelecidas antes da pandemia. A empresa não quis fazer comentários sobre o assunto.
Se a Via Varejo conseguir a adesão de proprietários, a posição de caixa de 4 bilhões de reais em dezembro deve durar mais meses do que o inicialmente previsto.
Com Reuters, Tatiana Bautzer e Gabriela Mello
Esta notícia foi publicada em 15 de abril de 2020