SÃO PAULO (Reuters) – A fintech de transferências internacionais de recursos TransferWise informou nesta segunda-feira que recebeu a aval do Banco Central para operar corretora de câmbio no Brasil.
Com a licença, a plataforma de origem britânica promete reduzir até à metade a tarifa cobrada sobre as transações, hoje de ao redor de 1,5% do valor das remessas, já que não precisará de outra corretora. Além disso, o serviço também permitirá que pessoas físicas enviem dinheiro para empresas, como escolas.
“Mais adiante, poderemos também ter outros tipos de operações, como para serviços de turismo e para algumas transferências entre empresas”, disse à Reuters Heloisa Sirotá, gerente geral da TransferWise no Brasil.
Criada há nove anos, a TransferWise se popularizou em vários países ao usar um sistema ágil e mais barato para processar transferências internacionais. A fintech usa um sistema de compensações entre contas bancárias locais, com câmbio oficial, modelo que afirma já custar aos usuários cerca de um terço da tarifa média cobrada por bancos e corretoras de bancos no país.
Há cerca de um ano, recebeu um investimento de quase 300 milhões de dólares, o que avaliou a companhia em cerca de 3,5 bilhões de dólares.
No Brasil, opera desde 2016. Desde então, afirma já ter movimentado mais de 26 bilhões reais entre o Brasil e o exterior, atuando como correspondente cambial do MS Bank e do Banco Rendimento, com operações de até 30 mil reais cada.
“O Brasil se tornou um dos cinco mercados prioritários da TransferWise com um crescimento 57% maior do que a média que vimos nos países em que atuamos”, disse Diana Ávila, líder da fintech na América Latina.
Por Aluísio Alves
Créditos: Reuters
Esta notícia foi publicada em 8 de junho de 2020