O que se pode esperar de BIDI4 na B3?

Foto: (reprodução/internet)

A bolsa de valores é um território fértil onde grandes negociações são feitas, investidores conseguem rendimentos maiores que qualquer investimento em renda fixa.

Nos últimos anos o setor varejista foi uma mina de ouro, com Magazine Luiza (MGLU3) seu maior expoente com um crescimento de incríveis 2.552% desde janeiro de 2017, período em que começou sua ascensão. De lá pra cá passou por dois desdobramentos onde os investidores tiveram a chance de aumentar suas posições.

Disparada de MGLU3: Rally de sucesso, partindo de R$ 1,84 em Jan/17 para R$ 48,79 em Dez/19

Outra grande varejista que representa bem esse modelo é a B2W (BTOW3), joint venture criada pela fusão das lojistas Submarino, Lojas Americanas (LAME4) e Shoptime, de 2017 até hoje rendeu aos seus investidores 394% sendo negociada hoje à R$ 58,99

BTOW3 de R$ 12,35 em Ago/17 para R$ 61,04 em Dez/19 e com fôlego para mais

Contudo, procurando por novas minas de ouro o mercado viu surgir com grande voracidade os bancos digitais, mais ágeis, acessíveis, menos burocráticos, angariando em pouco tempo carteiras de clientes cada vez maiores, muitos desses clientes jovens investidores com perfis dinâmicos que não querem perder tempo com burocracia bancária.

Além disso tudo, por terem uma regulação diferenciada dos bancos tradicionais, os bancos digitais podem oferecer serviços como empréstimos mais baratos, cartões de crédito sem anuidade ou compra mínima ou qualquer outra condição desfavorável ao cliente. Alguns bancos podem optar também por oferecer serviços sem consulta de restrição.

Dois grandes nomes que se destacam nessa nova onda que surge são Nubank, fundado em 2013 ainda de forma tímida por um empresário do ramo juntamente com dois investidores. No início de suas operações se limitava a operar cartões de crédito sem relação com nenhum banco físico. O processo de aprovação era totalmente digital podendo ser feito até por aplicativo para smartphones, de forma ágil e segura. Hoje é um importante banco digital que oferece, além dos cartões, toda a gama de serviços bancários através de suas Nuconta, como visto aqui no Money Invest.

O segundo nome de peso é Banco Inter (BIDI4), fundado em 1994 em Minas Gerais ainda como Banco Intermedium. Em 2015 tornou-se um banco digital, mudando seu nome para Banco Inter em 2017 e em 2018 abriu seu IPO na Bolsa de Valores de São Paulo.

A abertura de IPO do Banco Inter foi uma surpresa agradável para os investidores, pois de imediato entrou em uma tendência de alta levando a um desdobramento entre julho e agosto de 2019 que culminou no seu maior pico de 1.001% de alta desde jun/18, onde teve seu menor valor apurado.

BIDI4: Apesar de pouco tempo no mercado de ações gera grandes expectativas nos investidores

Essa taxa anual de crescimento, maior que MGLU3, levou investidores a embarcarem nesse ativo, uma vez que grandes grupos anunciaram aportes no Banco Inter, mais precisamente a SoftBank, um grupo financeiro de origem japonesa que aportou R$ 1,2 bilhão.

Atualmente BIDI4 passa por uma forte correção de preço, porém, como mostra o gráfico acima não demonstra ter perdido toda a sua força. E ainda mantém boas expectativas para o futuro.

Visto isso muitos desses investidores ainda se perguntam se os bancos digitais ainda podem ser considerados como novas minas de ouro na bolsa. Ditar tendências não é o objetivo desse blog, pois não podemos saber do futuro, mas acreditamos que é um setor em grande expansão, visto a quantidade de players querendo seu lugar na mente dos consumidores, até mesmo grandes bancos físicos estão aderindo à essa nova modalidade.

Por isso vimos como promissores os ativos relacionados aos bancos digitais e acreditamos que BIDI4 possa se realinhar na tendência de alta após essa correção, mas isso só o tempo (e o mercado) dirá.

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Esta notícia foi publicada em 5 de dezembro de 2019

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