Rotativo do cartão de crédito pode acabar

Imagem: freepik

O possível fim do crédito rotativo está sendo cogitado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Isso poderá beneficiar os brasileiros, evitando armadilhas financeiras. As altas taxas de juros têm contribuído para a inadimplência no uso do cartão de crédito no Brasil.

Roberto Campos expressou forte convicção na possibilidade de eliminação do crédito rotativo. Com a perspectiva de encerramento desse sistema, que permite aos bancos auferir lucros com juros exorbitantes (chegando atualmente a até 437% ao ano no sistema rotativo, enquanto o parcelamento do cartão possui uma taxa de 196% ao ano).

As instituições financeiras se apressaram em evidenciar as potenciais consequências adversas para o consumo e a economia, caso uma regulamentação das taxas de juros no âmbito do crédito rotativo venha a ocorrer.

Rotativo do cartão de crédito em alta

À medida que a inflação ganha força globalmente, cresce a necessidade de acesso ao crédito, e é o cartão de crédito o tipo de dívida mais comum entre os brasileiros.

No ano de 2020, o endividamento por meio do cartão de crédito atingiu a marca de 88,8% das famílias. Essa tendência foi proeminente tanto entre famílias de renda mais alta (com mais de 10 salários mínimos), com uma taxa de 91,6%, quanto entre famílias de renda mais modesta (de até 10 salários mínimos), onde atingiu 88,1%.

Em 2021, dados do Banco Central revelaram que a busca pelo crédito rotativo do cartão de crédito (no segmento de pessoa física) atingiu o patamar mais alto em uma década.

O montante de crédito concedido pelos bancos através do sistema de crédito rotativo do cartão totalizou R$ 224,7 bilhões, representando um aumento de 23% em comparação a 2020.

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Esta notícia foi publicada em 10 de agosto de 2023

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