Na manhã desta terça-feira (10), a Receita Federal, em parceria com a Polícia Federal, realizou a Operação Niflheim, com o intuito de investigar crimes tributários como lavagem de dinheiro e evasão de divisas, envolvendo transações com criptomoedas.
A operação cumpriu 23 mandados nas cidades de Caxias do Sul/RS, São Paulo/SP, Fortaleza/CE e Brasília/DF. O foco principal foi uma empresa de Caxias do Sul/RS que, entre agosto de 2019 e maio de 2024, movimentou mais de R$ 19 bilhões. Outra empresa na mesma cidade movimentou mais de R$ 15 bilhões no mesmo período.
De acordo com a Receita Federal, o objetivo é desmantelar esquemas de blindagem patrimonial dos envolvidos. As investigações apontam para um sofisticado sistema de movimentação de recursos com criptomoedas, que evita os meios tradicionais de controle financeiro.
O esquema envolve diferentes níveis de participação, incluindo sonegadores que não só convertem valores em criptomoedas, mas também utilizam essas transações para pagar importações subfaturadas e ocultar receitas, com o intuito de driblar obrigações fiscais. Alguns dos envolvidos possuem antecedentes criminais, e há indícios de colaboração de profissionais da área contábil.
A Receita Federal reforça que possui ferramentas de monitoramento e controle de transações com criptomoedas, conforme a Instrução Normativa 1888/2019, e segue firme no combate a crimes relacionados ao uso dessas tecnologias.
A operação foi divulgada pelo próprio Governo.
Esta notícia foi publicada em 10 de setembro de 2024