Eike Batista é condenado a 8 anos de prisão por manipular mercado de ações com a OGX

Eike Batista foi condenado a oito anos de prisão, em regime semiaberto, por manipulação de mercado com as ações da OGX. A sentença foi dada na última terça-feira (9) pela juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade.

Na sentença, o empresário mentiu ao dizer que áreas do pré-sal na Bacia de Campos e de Santos poderiam produzir “bilhões de barris de petróleo”. A juíza destacou que as áreas foram devolvidas à Agência Nacional do Petróleo (ANP) “sem produzir sequer uma gota de óleo“.

A decisão de Rosália Monteiro Figueira ainda destaca que Eike Batista “demonstrou fascínio incontrolável por riquezas, ambição desmedida (usura), que o levou a operar no mercado de capitais de maneira delituosa; indiferença à fragilidade de fiscalização do mercado de capitais e petrolífero brasileiro, e insensibilidade à insegurança causada com sua conduta criminosa, demonstrando fazer dessas práticas atentatórias ao mercado de capitais seu modus vivendi

Colapso nas ações OGX

A OGX hoje com novo nome “Dommo Energia“ (DMMO3), era a principal empresa do grupo X de Eike batista que já foi considerado o maior empresário do Brasil. Em 30 de outubro de 2013, após notícias que o grupo não iria honrar suas dívidas, a OGX entrou com pedido de recuperação judicial. As Ações da antiga OGX (OGXP3) chegaram a desvalorizar mais de 90%.

A Dommo Energia, EX: OGX, saiu da recuperação judicial em 2017, mas ainda enfrentando dificuldades financeiras que a impediram, por exemplo, de honrar as necessidades de investimento para a exploração do campo de Atlanta, de onde foi expulsa no final de 2017.

Veja também: Dommo Energia: quem comprou ações da empresa em dezembro viram seu patrimônio derreter 84,61%

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Esta notícia foi publicada em 11 de junho de 2020

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