Dólar desaba e tem a maior queda desde 2018

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar sofreu massivas vendas no mercado brasileiro nesta terça-feira, caindo mais de 3% e descendo à casa de 5,21 reais, em meio a um pregão de queda generalizada da divisa norte-americana diante de otimismo quanto à recuperação da economia mundial pós-pandemia.

O dólar à vista fechou em queda de 3,23%, a 5,2104 reais na venda. É a mais forte desvalorização percentual diária desde 8 de junho de 2018 (-5,59%) e o menor patamar de encerramento desde 14 de abril de 2020 (5,1906 reais).

A cotação operou em queda ao longo de toda esta terça-feira. Na mínima, tocou 5,2046 reais (-3,34%) e, na máxima, marcou 5,3404 reais (-0,82%).

Na B3, o dólar futuro cedia 2,86%, a 5,2215 reais, às 17h09.

O real teve, de longe, o melhor desempenho entre os principais pares nesta sessão. Analistas afirmaram que essa “outperformance” decorreu ainda de fatores técnicos, com operadores correndo para desfazer de posições “bearish” (negativas) no câmbio brasileiro, construídas praticamente desde o início do ano.

“O real estava atrasado ante seus pares. E ainda está. Então não me surpreenderia de ver (o dólar) testar os 5 reais”, disse Bernardo Zerbini, um dos responsáveis pela estratégia da gestão macro da gestora AZ Quest.

Veja também: Credit Suisse diz que real é moeda “Tóxica” e prevê dólar a R$6,20

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Esta notícia foi publicada em 2 de junho de 2020

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