XP registra oferta pública inicial de ações

XP Inc, controladora da XP Investimentos entre outras empresas, entrou com registro para oferta pública inicial de ações nos Estados Unidos, de acordo com documentos enviados pela companhia à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado norte-americano.

A empresa informou que pretende ter suas ações Classe A listadas na Nasdaq sob o código “XP” e que o Goldman Sachs, o J.P. Morgan, o Morgan Stanley, o Itaú BBA e o Citigroup estão entre os subscritores do IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial).

A XP disse ainda, no documento enviado à SEC, que a ação Classe A dará direito a um voto por ação, enquanto a ação Classe B, que não estará à venda no IPO, dará direito a 10 votos por ação.

A companhia, que se apresenta como a maior plataforma independente de investimentos do país, com 1,5 milhão de clientes, afirma no prospecto preliminar da oferta que pretende usar os recursos a serem captados na oferta primária para entrar em novos segmentos da indústria financeira, como corretagem de seguros, em cartões de crédito, banco digital e empréstimos com garantia.

A XP também pretende “ingressar em novas geografias onde podemos aproveitar nossa experiência em educação financeira e capacitação financeira para criar novas classes de investidores e desintermediar os serviços bancários em outros mercados altamente concentrados”, segundo o documento.

Por fim, a XP diz ainda que pode usar recursos para financiar possíveis oportunidades de aquisição futura, embora tenha observado que não há nenhum plano nesse sentido atualmente.

Fundada em 2001, a XP cresceu fortemente nos últimos anos, aproveitando o crescente interesse de pessoas físicas por novas classes de investimentos, à medida que o juro básico da economia tem caído para mínimas históricas. A plataforma também é dona das marcas Rico e Clear.

No final de setembro, os clientes da XP tinham cerca de 350 bilhões de reais em ativos investidos. A companhia afirmou no documento que teve 3,4 bilhões de reais em receita líquida nos primeiros nove meses deste ano e 699 milhões de reais de lucro líquido.

Executivos do bloco XP Controle, a GA Bermuda e o fundo DYNA III serão acionistas na oferta secundária.

Por Aluísio Alves

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Esta notícia foi publicada em 18 de novembro de 2019

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