O Brasil ultrapassou a Argentina e se tornou o país mais endividado da América Latina, de acordo com um estudo conduzido pelo Institute of International Finance (IIF) e publicado pelo Instituto Millenium.
Os dados mostram que a partir de 2023, a dívida do Brasil atingiu 85% do seu Produto Interno Bruto (PIB), colocando o país no topo da lista de dívidas da região. A Argentina, líder anterior, tem uma dívida pública equivalente a 84% do PIB.
O Tesouro Nacional, juntamente com o Banco Central e a Previdência Social, informou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou 2023 com um déficit primário de R$230,5 bilhões.
Essa cifra representa o segundo maior déficit registrado na história do país, ficando atrás apenas de 2020, marcado pelo início da pandemia de Covid-19, quando o déficit atingiu R$940 bilhões.
Vários fatores contribuíram para o aumento da dívida pública do Brasil, incluindo a pandemia de Covid-19, que exigiu um aumento nos gastos públicos para conter a crise econômica; a queda na arrecadação de impostos, impactada pela pandemia e inflação; e o aumento das taxas de juros, que elevaram os custos do serviço da dívida.
Em 2023, o déficit primário do governo brasileiro foi de R$230,5 bilhões, o segundo maior da história do país.
O crescimento da dívida pública do Brasil representa um desafio de longo prazo que pode ter consequências negativas para a economia do país. O alto nível de endividamento limita o espaço fiscal do governo para investir em áreas essenciais, como educação, saúde e infraestrutura. Também pode aumentar a vulnerabilidade do país a choques externos, como crises econômicas ou mudanças nas taxas de juros globais.
Esta notícia foi publicada em 22 de fevereiro de 2024