Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira, renovando mínima intradia desde abril e voltando a ficar no vermelho no acumulado do ano, em meio a um ambiente externo hostil, com preocupações sobre o crescimento econômico e sem alívio nos ruídos fiscais e políticos no Brasil.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,07%, a 117.903,81 pontos, na véspera de vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. No pior momento, caiu a 116.247,81 pontos, menor patamar intradia desde 5 de abril. No ano, agora acumula queda de 0,94%.
O volume financeiro na sessão somou 38 bilhões de reais.
A disseminação da variante Delta do coronavírus em vários países tem ampliado preocupações sobre a retomada econômica, com números mais fracos do varejo norte-americano pesando em Wall Street e contaminando a bolsa paulista.
Para o líder de alocação de renda variável da Blue3, Victor Licariao, o aumento do risco geopolítico por causa da questão EUA/Talibã e dúvidas sobre o crescimento na China também pressionam as ações, deixando o cenário externo mais turvo, além de incertezas políticas e fiscais no Brasil.
A falta de definição no Congresso em relação à votação de etapa da reforma tributária, segundo o sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane, também adiciona aversão a risco na bolsa paulista.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que tentará colocar em votação o projeto que muda regras do Imposto de Renda no plenário da Casa nesta terça-feira, mas reconheceu que a análise pode ser mais uma vez postergada.
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Esta notícia foi publicada em 17 de agosto de 2021