SÃO PAULO (Reuters) – O Brasil registrou ingresso líquido de dólares em julho pela conta do câmbio contratado, mas o fluxo foi o segundo mais fraco do ano, pressionado por saídas nas operações financeiras, mostraram dados do Banco Central nesta quarta-feira.
O saldo foi positivo em 831 milhões de dólares no mês passado. Em maio, a conta foi deficitária em 1,821 bilhão de dólares.
De toda forma, o fluxo cambial de julho foi bem melhor que o de um ano atrás, quando o resultado fora negativo em 3,282 bilhões de dólares.
No resultado do mês passado, a conta financeira em que passam empréstimos e fluxos de portfólio, por exemplo– ficou deficitária em 1,909 bilhão de dólares, revertendo parte da sobra de 2,644 bilhões de dólares de junho. O número veio pior também do que o de julho de 2020, quando houve pequeno superávit de 90 milhões de dólares.
A conta comercial, por outro lado, impediu que o cômputo do mês fosse negativo. A diferença entre o câmbio contratado para exportação e o para importação foi de 2,740 bilhões de dólares, acima do saldo de 1,805 bilhão de dólares de junho e do superávit de um ano atrás (1,739 bilhão de dólares).
Nos sete primeiros meses de 2021, o fluxo cambial apontou entrada líquida de 16,172 bilhões de dólares, quase apenas um sinal trocado em relação ao resultado de igual intervalo em 2020 (-15,818 bilhões de dólares).
(Por José de Castro)
Esta notícia foi publicada em 4 de agosto de 2021