O Brasil é o segundo país que mais tributa empresas no mundo, perdendo apenas para Malta, um país insular localizado no Mediterrâneo, ao sul da Europa. No entanto, essa prática vai na contramão da geração de empregos.
Segundo um levantamento realizado pela CupomVálido, as empresas brasileiras enfrentam uma carga tributária média de 34%, considerando todos os tributos, o que representa um aumento de 70% em relação à média global.
Para chegar a esse número, foram considerados dois impostos que incidem sobre as empresas no Brasil: o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (25%) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (9%).
Apenas 18 dos 111 países analisados cobram alíquotas superiores a 30%, e a média global é de 20%. Além disso, a pesquisa destaca que as alíquotas brasileiras são maiores do que as cobradas em nações desenvolvidas, como Estados Unidos (25%), Reino Unido (19%), Japão (30%) e Canadá (27%).
Ao longo de 21 anos (2000-2021), a maioria dos países reduziu a carga tributária sobre empresas, resultando em uma redução média de 8,3 pontos percentuais, de 28,3% para 20%. Enquanto 94 países reduziram a tributação, 13 mantiveram as mesmas taxas e apenas cinco aumentaram suas alíquotas, incluindo Andorra, Hong Kong, China, Maldivas e Omã.
A pesquisa também destacou que Andorra e Maldivas abandonaram a classificação de paraísos fiscais e passaram a cobrar impostos sobre empresas. Atualmente, a alíquota de impostos sobre empresas nesses países é de 10% e 15%, respectivamente.
Lista dos países que mais tributam no mundo:
A alta carga tributária esmaga empresas e pessoas, impedindo o desenvolvimento do Brasil. Embora muitos possam achar fácil reduzir os impostos, é extremamente difícil fazê-lo devido aos elevados gastos públicos e à dívida pública estratosférica que possuímos.
Portanto, para que a carga tributária brasileira diminua de fato, seria necessário muito esforço político e conciliação de vários interesses, o que é atualmente impossível devido ao acirramento político.
O governo de Lula retornou ao poder com a intenção de aumentar a arrecadação. Para isso, busca recuperar bilhões em impostos dos sites de apostas esportivas. A Receita Federal estima que a tributação de apostas online possa gerar uma arrecadação entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões.
Aumento de imposto é a solução?
Nem sempre é assim. Geralmente, é a população menos privilegiada que acaba pagando a conta. Para muitos especialistas, a melhor solução seria desburocratizar a atividade empresarial e simplificar a tributação sobre o consumo.
Aumentar os impostos pode gerar um efeito reverso, resultando em aumento da inadimplência e prejudicando a arrecadação.
Esta notícia foi publicada em 10 de maio de 2023