A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou a intenção de tomar medidas legais contra o Google por supostos erros na cotação do dólar exibida em sua plataforma. Segundo a AGU, a gigante da internet estaria fornecendo informações incorretas aos usuários sobre a taxa de câmbio.
O valor apresentado pelo mecanismo de busca para a cotação do dólar norte-americano era superior ao valor oficial. No último dia 25, por exemplo, a cotação real era de R$ 6,18, enquanto o Google exibia R$ 6,38.
Após a repercussão, o Google retirou a cotação do dólar de sua plataforma. Em nota, a empresa afirmou que os dados “em tempo real exibidos na Busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros”.
A culpa pelo dólar alto é do Google?
Em meio à crise econômica, o governo Lula busca apontar culpados pela alta do dólar. Recentemente, o ministro Paulo Pimenta mencionou, com base em uma matéria da GloboNews, a existência de uma “indústria de fake news” atuando para impulsionar a valorização da moeda americana.
Agora, as críticas do governo se voltam contra o Google, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, que, embora poderosa, também está sujeita a falhas. No entanto, a questão central permanece: o desequilíbrio das contas públicas, os juros elevados, a inflação persistente e a falta de credibilidade do pacote de contenção de gastos.
A realidade é clara: culpar terceiros não resolve os problemas estruturais do país, que são, em essência, internos.
Esta notícia foi publicada em 28 de dezembro de 2024